Após ato na Prefeitura, empresa paga salário atrasado para trabalhadoras que atuam nas escolas da Serra
A Secretaria de Administração e Recursos Humanos da Serra se comprometeu a formular um documento garantindo que não haverá represálias à categoria
Após um ato que se estendeu durante toda esta quarta-feira, 19, na frente da Prefeitura da Serra, as trabalhadoras e os trabalhadores auxiliares de serviços gerias (ASGs) que atuam pela empresa Serge na limpeza das escolas do município receberam o salário atrasado de julho. No final da manhã a manifestação ocupou a entrada do prédio e a categoria chegou a ser hostilizada pela segurança do local que chamou viaturas da PM na tentativa de intimidar as manifestantes.
Lideradas pelo Sindilimpe-ES, as trabalhadoras não se intimidaram e continuaram no local para pressionar pela resolução do problema. Uma reunião foi realizada durante a tarde com o secretário de Administração e Recursos Humanos da Serra, Cláudio Mello, que se comprometeu a formular um documento, que será submetido à aprovação do Sindicato, garantindo que não haverá represálias à categoria. A negociação foi conduzida pelo diretor do Sindicato Jorge Luiz da Silva Conte.
“O documento registrará a garantia de que nenhuma trabalhadora será remanejada do local de trabalho, que não haverá corte de ponto pelo dia parado e nem demissões por um período de seis meses, além de proibir represálias de qualquer natureza por parte das diretoras e diretores das escolas. Cópias serão encaminhadas para a empresa Serge e para todas as unidades de ensino municipais”, disse Jorge Luiz.
Pressão
O protesto e a pressão foram necessários, uma vez que as trabalhadoras não confiavam mais nas promessas da empresa que, mais cedo, por meio de um representante, informou que os pagamentos seriam liberados às 12 horas. A falta de credibilidade se justificava, pois na segunda-feira, 17, durante um primeiro protesto no mesmo local, a empresa já havia feito a promessa de que o pagamento estaria nas contas às 16 horas de terça-feira, 18, o que não aconteceu.
Além de liderar o movimento que pressionou pelo pagamento do salário atrasado e as garantias de não represálias, o Sindilimpe-ES conseguiu que a empresa se comprometesse a pagar a multa por esse atraso no pagamento, no valor de R$ 250,00 por trabalhadora, em duas vezes iguais de R$ 125,00.
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