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Seminário Outubro Rosa e Novembro Azul: palestras destacam importância da prevenção à saúde e do conhecimento sobre leis e direitos da classe trabalhadora

Categoria participa ativamente dos debates promovidos pela Secretaria de Saúde do do Sindilimpe-ES

O seminário “Outubro Rosa também é para homens, Novembro Azul também é para mulheres: Atitude, o essencial no combate ao câncer” trouxe assuntos de grande importância para toda a categoria, que participou ativamente das palestras realizadas. As palestrantes mostraram que a prevenção e o autoconhecimento sobre o próprio corpo são fundamentais para a promoção e o cuidado com a saúde. E que conhecer a fundo as leis e normas relativas ao trabalho também é um diferencial de grande valor para cada trabalhador.

A atividade foi organizada pela Secretaria de Saúde do Sindilimpe-ES e aconteceu, na quinta-feira, 24 de outubro de 2019, na sede do sindicato, na Gurigica, em Vitória. Foi mais um evento de formação e conscientização da categoria, integrando os 30 anos de história da entidade sindical.

O seminário teve palestras sobre saúde do trabalhador, com destaque para as atribuições da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e sobre a saúde da mulher e sexualidade, na parte da manhã. À tarde, o debate foi em torno da saúde do homem, de doenças sexualmente transmissíveis e sobre a legislação para trabalhadoras/es acometidas/os por doenças.



A perita e engenheira de segurança do trabalho Patrícia da Cruz Cunha

“Quem está na CIPA são os nossos olhos”
“Quem está na CIPA são os nossos olhos e dos demais trabalhadores. Para ser um cipeiro são necessárias 20 horas de um treinamento de dois dias e meio sobre tudo que envolve a CIPA”, afirmou a perita e engenheira de segurança do trabalho Patrícia da Cruz Cunha, que fez palestra sobre saúde ocupacional no seminário.

Ao falar sobre a CIPA, Patrícia especificou a importância de se registrar tudo nas atas da Comissão, destacando as atribuições do cipeiro (o membro da CIPA), que, segundo ela, “não precisa ser da área de segurança do trabalho ou da saúde”. Ela assinalou que o cipeiro deve cuidar para que as atribuições da CIPA sejam efetivadas a fim de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, apresentar soluções para evitar riscos etc.

Quando falou sobre acidente de trabalho, Patrícia trouxe informações sobre a Comunicação de Acidente de Trabalho, a CAT, que é o documento para se informar ao INSS sobre doença ocupacional ou acidente de trabalho ou no trajeto para o local de atuação.

“Se aconteceu um acidente de trabalho, a CAT tem que ser aberta. Se a CAT for aberta e você só adoece dois anos depois (do ocorrido), você tem o direito de responsabilizar a empresa. Informem aos trabalhadores, falem para eles virem aqui no sindicato, porque o sindicato pode abrir (a CAT) também”, pontuou Patrícia.

Após a mastectomia, o apoio à mulher é fundamental!
A palestra sobre saúde da mulher e sexualidade teve início com apresentação dos fatores de risco do câncer de mama, das formas para a prevenção da doença. Depois, a doutora Lorena Baldotto, que é ginecologista, obstetra e sexóloga, falou sobre orgasmo, dicas sobre relação sexual saudável e o que pode ser feito para melhorar as relações interpessoais dos casais, em especial os que têm filhos.

“Depois que o filho nasce, a mulher acaba tirando o foco do sexo, começa a vir um monte de coisa na cabeça e não se desliga. Fica sem tempo para isso, deixa de se cuidar, de pensar em si mesma. Mas é importante tentar se desligar, se preparar para a relação (sexual). Porque do contrário, você vai acabar jogando para o seu parceiro a responsabilidade de te dar prazer. Por isso é importante conversar, pensar a relação”, frisou.

A ginecologista Lorena Baldotto

Já no debate, a funcionária do Sindilimpe-ES Edna Calabrez Martins fez uma pergunta sobre a vida da mulher que teve câncer de mama e que precisou de fazer o procedimento cirúrgico de retirada de um dos seios, a mastectomia.

“(Após a mastectomia), o apoio é fundamental. Ela precisa se sentir bonita, amada, quando tira a mama. É porque parece que abriu um buraco no chão, você não sabe o que faz. A cirurgia de retirada causa uma baixo autoestima muito grande. A mulher não pode fazer terapia hormonal, então ela precisa começar a viver o lado bom, a aproveitar a vida que ela tem. Então, ela precisa se sentir amada. Se a pessoa está nessa situação, ela precisa ser incentivada a se sentir mulher. O cabelo cai, leva ela para um salão. Imagina ficar sem um seio e sem cabelo? É muito difícil. Ela precisa ter apoio”, explicou a doutora.

Novembro Azul: “fazer o exame (toque retal) é uma demonstração de coragem”
É comum ver muitos homens que se recusam a fazer o exame do toque retal para que o médico possa averiguar a existência de um tumor na próstata. A opção por não fazer o procedimento é motivada por preconceito enraizado na cultura machista da sociedade. Mas na verdade, a decisão da realização do toque retal deve ser vista como um ato de força sem que isso represente um ataque à masculinidade do homem.

“É demonstração de coragem, sim, você decidir que vai ao médico fazer o exame. E o toque retal permite indicar (a doença) no início. E ninguém deixa de ser menos homem por causa disso”, afirmou a enfermeira, Drieli Santana de Mendonça, que falou sobre saúde do homem e doenças sexualmente transmissíveis (DST).

Ela explicou os fatores de risco do câncer de próstata: “são idade, então a partir dos 50 é preciso fazer o exame. Mas quem tem casos na família, deve fazer antes. Sobrepeso também é risco, tabagismo, alcoolismo, vida desregrada”.

Ela pontuou sobre os demais exames para detecção da doença: “O PSA – é o exame de sangue, é bem eficaz, mas indica o câncer mais tardio. O toque retal indica no início. Se der alteração, a gente confirma pela biopsia, que é a retirada de um pedaço do tecido na próstata para se fazer a análise”.

Durante a intervenção do público, fizeram perguntas sobre a vida sexual do homem que faz a cirurgia para curar a próstata. “A próstata produz o líquido que produz o espermatozoide. Então ela não influencia em nada na ereção. Quem fica sem ereção (após a cirurgia) é bem provável que seja psicológico, porque não tem relação”, disse.

Sobre DSTs, ela destacou a importância do uso do preservativo, salientando que a campanha Novembro Azul acaba aumentando o número de exames de próstata e que neste momento, a equipe de enfermagem já pede para o homem realizar exames de sangue para detecção de HIV, sífilis e outras DSTs.

Presidente do Sindilimpe-ES,
Evani dos Santos Reis

“Demitir trabalhador doente além de desumano é ilegal”
A advogada do Sindilimpe-ES Poliana Firme falou sobre a legislação que ampara trabalhadores acometidos por doenças – que não precisam ter relação com a atuação, com o local de trabalho.

“Tem uma súmula do TST (Tribunal Superior do Trabalho), e a súmula é um entendimento do Tribunal, que proíbe a dispensa discriminatória no caso de câncer, do HIV. Temos casos aqui no sindicato disso, a pessoa é readmitida e a empresa ainda leva um processo por danos morais. A prática de mandar o trabalhador embora doente, além de desumana é ilegal. Ninguém avisa isso para gente. O patrão não vai avisar para o trabalhador que ele tem de ser mandado embora. Mas a lei nos protege. Por isso, precisamos conhecer nossos direitos, precisamos difundir o conhecimento”, assinalou.

Poliana também falou sobre direitos previdenciários. “Quem tem 14 meses de contribuição no INSS pode requerer o auxílio-doença, se tiver carteira assinada. E pode também, quem tem câncer, se aposentar por invalidez, a depender do laudo médico”.

Ela lembrou que a pessoa com câncer e (outras doenças) têm direito à isenção de Imposto de Renda, isenção na compra de veículos entre outras questões garantidas por lei.

Encaminhamentos. Após a palestra, a advogada ouviu algumas demandas pontuais referentes a direitos trabalhistas, que serão encaminhadas ao Jurídico do Sindilimpe-ES para o sindicato buscar solucionar.

Nesse momento, a presidente do sindicato, Evani dos Santos Reis, reforçou: “Vocês não abram a mão de nada da convenção coletiva de vocês. Isso vale por asseio e conservação e para limpeza pública. Não aceitem nada sem antes ficar por dentro do que o sindicato assinou”.

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