Salário atrasa e trabalhadores fazem greve em Barra de São Francisco
Trabalhadores realizaram uma passeata e movimento continua até que salários sejam pagos
Os mais de 90 trabalhadores (garis e coletores) terceirizados que atuam na limpeza pública no município de Barra de São Francisco, noroeste do Estado, estão em greve e realizaram uma passeata nesta terça-feira, 18.
A paralisação acontece por causa do atraso de salário e do tíquete alimentação, referentes ao mês de outubro, e que ainda não foram pagos pela empresa Ambiental Urbanização e Serviços LTDA, contratada pela prefeitura. Diretoras e diretores do Sindilimpe acompanham o movimento.
Para denunciar a situação os trabalhadores fizeram uma passeata. Os manifestantes se concentraram em frente à prefeitura, percorreram o centro do município e retornaram ao local de onde partiram. Eles ainda tentaram entrar na prefeitura, mas foram impedidos por policiais militares. Em seguida, se concentraram na praça em frente à sede da administração municipal.
Segundo o diretor do Sindicato, Jefferson Barbosa, a paralisação começou na segunda-feira passada, dia 10, mas o prefeito do município pediu um voto de confiança da categoria. “Ele disse que até a sexta-feira passada, 14, os valores devidos seriam depositados na conta da empresa para ela pagar a categoria. Por isso, os trabalhadores voltaram ao trabalho na quarta-feira, 12. Mas como eles não receberam, retomaram o movimento nessa segunda-feira, 17”, informou o diretor.
Ainda de acordo com Barbosa, a situação pode ficar mais complicada. “Ontem, o prefeito disse que depositou R$ 600 mil na conta da empresa. Já a empresa disse que recebeu R$ 168 mil e que esse dinheiro não dá para quitar os salários. A empresa disse ainda que está com 16 faturas atrasadas desse contrato e espera receber, senão não terá como pagar os salários atrasados e o 13º também será comprometido”, afirmou Barbosa.
“O movimento continua até que se tenha uma posição. O Sindicato está se movimentando na Justiça também, para pedir o bloqueio das faturas. E tentamos também uma medida cautelar para bloquear o dinheiro da Prefeitura para garantir o salário dos trabalhadores”, informou Barbosa.
Para outro diretor do Sindilimpe, Wenverton Alves de Souza, essa incerteza preocupa. “É um jogo de empurra. Só vamos acreditar quando cair na conta do trabalhador”, afirmou.
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