Brasanitas também terá que manter o “bip” suspenso

O plano de saúde das trabalhadoras e trabalhadores terceirizados que prestam serviços de limpeza na área da Vale pela empresa Brasanitas vai mudar. Essa foi uma das notícias que o Sindilimpe levou à categoria na assembleia realizada no início da manhã desta terça-feira, 18, em frente à portaria da mineradora.

Os trabalhadores reclamaram que o plano de saúde atual acumula muitas consultas realizadas em diversos meses para cobrar tudo de uma vez só. Por conta disso, no mês de cobrança há casos de trabalhadores com até 30% do salário consumido por essa despesa. Como não houve uma solução para esse problema, a empresa informou que vai trocar o plano de saúde fornecido à categoria.

“A Brasanitas se comprometeu a apresentar uma nova proposta de plano de saúde até o dia 9 de setembro. Vamos aguardar e no dia 11 de setembro faremos uma nova assembleia para dar retorno. E é claro que não vamos aceitar que os trabalhadores tenham prejuízos”, garantiu a diretora do Sindilimpe, Sílvia Tineli.

A diretora reforçou ainda que a luta para a conquista de um plano de saúde a R$ 1,00 para os trabalhadores vai continuar.

“Bip”

O famoso e cruel “bip”, que controla de maneira injusta o tempo de serviço gasto pelo trabalhador em cada setor da mineradora, também foi ponto de pauta da assembleia. A diretora Sílvia reforçou que o sindicato é contra essa prática e que o seu uso continua suspenso.

“Vocês devem fiscalizar agora. Se voltarem com o bip, entrem em contato com a gente que estaremos juntos aqui novamente”, orientou a diretora.

O advogado do Sindilimpe, Alexandre Zamprogno, alertou novamente que o “bip” é um projeto piloto e que a Vale pode querer estender o seu uso para todas as demais categorias que atuam na mineradora.

“Todos os sindicatos têm que estar atentos. Já acionamos outras entidades sindicais que estão atentas e com a gente nessa luta”, reforçou Zamprogno.

Silvia ainda aproveitou para lembrar os trabalhadores que em setembro haverá reunião para a preparação para a negociação coletiva. “Vocês podem e devem participar. É o momento da categoria dizer o que quer que a gente cobre dos patrões na mesa de negociação”, orientou.

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