Mais uma vez, os trabalhadores em limpeza pública mostraram que são de luta: diante da falta de sensibilidade dos patrões, fizeram uma greve forte.

E a nova gestão do Sindilimpe, que tomou posse em março, mostrou a que veio. Não se intimidou com as ameaças e com a pressão e conduziu a categoria numa luta importante.

O recado foi dado. Não temos medo de lutar. A categoria não vai aceitar ser desrespeitada. Não vai aceitar um reajuste de apenas 3,19%, que não cobre nem metade da inflação acumulada em 2016.

Até o próprio presidente do sindicato patronal assumiu em veículos de comunicação que o reajuste oferecido é pouco. Se é pouco pra ele, imagine para nós!

Ele disse ainda que este ano, devido a crise, não há a possibilidade de dar mais do que os 3,19%. Ora, a crise não é culpa dos trabalhadores. Então porque eles têm que pagar por ela? Não foram os trabalhadores que receberam milhões de reais em propina, como vemos diariamente nos jornais.

Mas a luta continua. Os dois dias de greve arrancaram uma mediação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), marcada para a próxima sexta-feira, 28.

Diante disso, os trabalhadores decidiram suspender a greve e já voltaram ao trabalho hoje normalmente.

A categoria resolveu dar um voto de confiança e suspendeu o movimento. Acreditamos que diante da greve, haverá sensibilidade dos patrões e dos contratantes e eles vão avançar na proposta, durante a mediação. Mas é bom reforçar: a greve não acabou, só foi suspensa. O estado de greve está mantido. Com isso, o movimento pode ser retomado a qualquer momento.

O sindicato aproveita para reforçar que não aceitará qualquer tipo de assédio. O Sindilimpe já está com vídeos e áudios que denunciam pressão e ameaças aos trabalhadores que participavam do movimento. A greve é um direto do trabalhador. O jurídico do sindicato já estuda a possibilidade de fazer uma notificação junto ao Ministério Público Federal (MPF) para averiguação de práticas antissindicais e contra a organização do trabalho.

A luta continua!

Diretoria do Sindilimpe.