Ocupações: estudantes recebem apoio do Sindilimpe-ES
O sindicato fez doação de alimentos aos estudantes que ocupam as escolas Ana Lopes Balestrero, em Flexal I, Saturnino Rangel Mauro e Zaira Manhães, ambas em Nova Rosa da Penha
No final de outubro e início de novembro, o Sindilimpe-ES fez doações de alimentos aos estudantes que ocupam três escolas estaduais de ensino fundamental e médio (E.E.E.F.M) localizadas no munícipio de Cariacica: Ana Lopes Balestrero, em Flexal I, Saturnino Rangel Mauro e Zaira Manhães, ambas em Nova Rosa da Penha.
Os estudantes protestam contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55/2016 (antiga PEC 241) que está em tramitação no Senado. Ela corta gastos públicos em áreas fundamentais para a população, como Saúde e Educação pelos próximos 20 anos. Protestam também contra a reforma do ensino médio que permite a contratação de professores sem licenciatura e torna a oferta de matérias como de artes e da educação física não obrigatória – o que mostra o descaso do governo com a educação, ignorando os outros tipos de inteligência dos estudantes e menosprezando os profissionais da educação dessas áreas.
Eles protestam ainda contra a Lei da Mordaça (Escola sem Partido) cujos defensores dizem ser necessária para evitar a “doutrinação ideológica” dos estudantes. Mas para eles, essa é uma tentativa de acabar com a reflexão crítica nas escolas.
“A categoria representada pelo Sindilimpe em sua maioria precisa dos serviços públicos no dia a dia e, portanto, junto aos seus familiares, será muito afetada caso esses ataques do governo ilegítimo sejam aprovados. Além disso, a ousadia e coragem dessa juventude nos impulsionam a nos manter firmes em defesa dos direitos conquistados ao longo de tantas décadas, através da organização dos movimentos sindicais, populares, estudantis, partidos de esquerda e Cebs. Estamos sob ameaça de um de governo ilegítimo e do congresso subserviente impondo e votando a redução ou o fim de direitos em várias áreas sociais e trabalhistas. Por tudo isso, o Sindilimpe-ES declara apoio incondicional aos e às estudantes, na legítima ocupação das escolas e das ruas. Essa luta será diária e constante e a sociedade deve entender que, ou resiste agora, ou não haverá futuro para essa juventude se não houver investimentos na educação pública”, expôs a direção do sindicato.
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