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Dia do Trabalhador em Limpeza Pública: profissionais contam como é trabalhar nas ruas

Site do Sindilimpe-ES ouviu dois coletores, de duas gerações diferentes, que relataram suas impressões sobre a profissão

Os trabalhadores em Limpeza Pública comemoram no próximo sábado, 16 de maio, o seu dia. A luta da categoria por mais visibilidade e valorização aos poucos tem apresentado resultados, mas ainda há muito o que conquistar. Essa é a realidade que se sente ao ouvir o relato dos trabalhadores.

O site da Sindilimpe-ES ouviu dois coletores, de duas gerações diferentes, que relataram suas impressões, suas alegrias, seus medos, seus anseios e, em especial, o orgulho que de fazer o que fazem.

Osmar Silvério de Souza, 48 anos, é coletor em Vitória e chamado de “Gari Simpatia”, isso por conta de sua atitude nas ruas e de sua fama como sambista nos dias de desfile no Sambão do Povo. Ele faz a alegria do público sambando com a vassoura no bloco da limpeza da avenida nos intervalos entre uma escola e outra.

Casado e pais de três filhos, entre eles um menino de 7 anos, ele trabalha na área há 25 anos, primeiro na capina, e agora como coletor. Osmar está feliz com a profissão, apesar de saber que ainda há muito a ser melhorado para ele e sua família. “Eu acho que é preciso que haja mais respeito com o trabalhador”.

Na nova geração o site ouviu Renato Feitoza de Souza, 31 anos, coletor em Cariacica. Ele também é casado e tem uma filhinha de 7 meses. No futuro ele vislumbra uma vida melhor para a sua filha por meio da valorização do trabalho essencial que realiza para a sociedade. “Já conquistamos muito, mas temos que avançar mais. Não pode parar”.

Confira a seguir a íntegra das entrevistas com os representantes de duas gerações de trabalhadores em limpeza pública.

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Osmar Silvério de Souza, 48 anos, coletor em Vitória – chamado de “Gari Simpatia”

Por que você escolheu essa profissão?

A profissão é muito boa. Trabalhamos satisfeitos e alegres. É de onde tiro o meu sustento. Quando entrei foi por necessidade, tinha cabelos pretinhos, mas agora já tá tudo branco (risos).

Você gosta do que faz? Por quê?

Gosto do que faço. Sou apaixonado pelo que faço. Trabalho até no domingo e sou querido no Centro de Vitória. É um serviço alegre, a população gosta do que eu faço.

Quais são as dificuldades que você encontra no dia-a-dia do seu trabalho?

Não vejo muita dificuldade, mas sim risco de acidentes com seringas e objetos cortantes descartados do jeito errado. Usamos luvas e óculos para nos protegermos.

O que precisa melhorar?

Eu acho que é preciso que haja mais respeito com o trabalhador. A gente sabe que nem todo mundo encara nosso trabalho com bons olhos. Precisamos de mais respeito da sociedade. Também é preciso que haja mais conscientização da população para descartar o lixo corretamente e não sujar a rua. Isso também é valorizar o trabalho do gari.

Como é o seu relacionamento com a população durante a execução do serviço?

Trabalho sozinho, com o carrinho fazendo coleta manual, colhendo as sacolas de lixo no Centro de Vitória, e pessoas de todas os tipos me respeitam. Dou bom dia e boa tarde para todos. Com os colegas de trabalho o relacionamento é ótimo. Eles são da minha família, já que fico no dia-a-dia com eles.

Qual a melhor parte do seu trabalho?

A alegria de ver a cidade limpa por conta do que eu tirei da rua. As pessoas passam e gostam. E adoro limpar o Sambão do Povo durante os desfiles. Passo sambando com a vassoura e o povo adora. Nesse último desfile a Viviane Araújo pediu para fazer uma foto comigo.

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Renato Feitoza de Souza, 31 anos, coletor em Cariacica

Por que você escolheu ser coletor?

No início foi porque eu precisava. Depois tomei gosto, fiz amizades e fui gostando da profissão. O tempo passa e a gente nem percebe.

Você gosta do que faz? Por quê?

Gosto. Ao mesmo tempo em que você limpa a cidade, você também faz amizades. Isso é gratificante. Nas férias sentimos saudades dos colegas.

Quais são as dificuldades que você encontra no dia-a-dia do seu trabalho?

Sempre lidamos com o perigo. Há risco de se cortar em objetos perfuro cortantes, podemos ser contaminados com seringas mal descartadas, atacados por animais soltos. Também tem o problema dos motoristas imprudentes que, com pressa, podem atropelar o coletor. O trabalho é pesado. Corremos e pegamos peso o tempo todo, mas o corpo acostuma e acabamos desenvolvendo preparo físico.

O que precisa melhorar?

Olha, trabalhar com o que eu trabalho é muito bom. A principal melhoria necessária é a salarial mesmo. Precisamos que o nosso trabalho seja mais valorizado e que isso apareça nos ganhos no salário. Já conquistamos muito, mas temos que avançar mais. Não pode parar.

Como é o seu relacionamento com a população durante o trabalho?

Eu tento ser amigo de todo mundo. Com o tempo algumas pessoas que te cumprimentam, dão bom dia. Vem gente com o lixo atrasado e pedem para esperar e vamos tendo uma convivência boa, tratando os moradores bem. Tem moradores que nos tratam mal. Há coisas que não podem ser levadas pelo caminhão e que eles querem que a gente recolha. Aí arrumam confusão, gritam que pagam o IPTU. Mas o desrespeito com a nossa profissão, por parte da população, está diminuindo.

Qual a melhor parte do seu trabalho?

Acho mais bacana quando acaba a rota. Quando começamos é muito lixo e depois você passa e a rua está limpinha. É gratificante e fica tudo mais bonito. Fico feliz com isso e sei que estou prestando um serviço muito importante para a sociedade.

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