Paralisação de trabalhadores terceirizados na Petrobras ganha força
A paralisação dos trabalhadores terceirizados da empresa Luso Brasileira que prestam serviço na área da Petrobras, em São Mateus, ganhou força nesta quarta-feira, 04.
Segundo o diretor de Assuntos Jurídicos do Sindilimpe, Jefferson Barbosa, que acompanha o movimento, nesta quarta-feira, a adesão à paralisação cresceu e atingiu 100% dos trabalhadores da Luso Brasileira.
Além disso, Barbosa informou ainda que 100% dos trabalhadores terceirizados da empresa Solar também paralisaram as atividades nesta quarta-feira. Eles atuam na manutenção dentro dos armazéns da Petrobras.
E, ainda nesta quarta-feira, pela manhã, os petroleiros também paralisaram as atividades por uma hora e meia.
De acordo com o diretor, serviços do setor administrativo, de carga e descarga de materiais nos armazéns e de almoxarifado estão paralisados.
Barbosa disse que os trabalhadores terceirizados das duas empresas reivindicam que as empresas paguem o tíquete alimentação no valor de R$ 300. “Esse valor é estabelecido pela convenção coletiva para contratos firmados a partir de janeiro de 2014, na área industrial”, explicou.
O diretor informou ainda que os trabalhadores da Luso Brasileira também reivindicam melhores condições de trabalho, uniformes e equipamentos de proteção individual (EPIs), que, de acordo com o diretor, não estão sendo fornecidos pela empresa.
“As reivindicações já foram encaminhadas aos patrões. Na segunda-feira, os trabalhadores da Luso Brasileira fizeram um movimento e paralisaram as atividades por uma hora e meia. Na terça-feira, o movimento ficou mais forte e cerca de 80% dos trabalhadores paralisaram as atividades. E hoje 100% da categoria aderiu e ainda entraram os trabalhadores da Solar também. Mas até agora não houve nenhuma resposta dos patrões. Aguardamos alguma sinalização. E o movimento vai se estender até que os patrões coloquem uma posição positiva para que a categoria retorne ao trabalho”, garantiu Barbosa.
O diretor disse ainda que, no caso da Luso Brasileira, a Petrobras já manifestou que a responsabilidade para resolver a situação é da empresa terceirizada. “Já tivemos reuniões com a participação da Petrobras e da Luso Brasileira, na sede da Petrobras e do Sindicato Patronal, em Vitória. E, na semana passada, o jurídico da Petrobras deu parecer dizendo que a questão é responsabilidade da empresa”, afirmou o Barbosa.