Sindilimpe-ES marca presença em ato em favor da democracia

Para os manifestantes é preciso apoiar a presidenta, mas condenando o ajuste fiscal do ministro Joaquim Levy. Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, também foi alvo de críticas

Diretoras, diretores e funcionários do Sindilimpe-ES se uniram nessa quinta-feira, 20, a centenas de cidadãos, militantes, sindicalistas de outras entidades, trabalhadoras, trabalhadores e a outros diversos segmentos da sociedade civil para exigir mais democracia e respeito à decisão das urnas, que elegeram democraticamente a presidenta Dilma Rousseff. O ato, que foi realizado no início da noite, na praça Costa Pereira, no Centro de Vitória, também pediu mais empregos, direitos e menos ajuste fiscal.

Para os defensores da ordem democrática no país a conta da crise precisa ser paga por quem detém a maior parte da riqueza do país. Por isso, a defesa da permanência da presidenta no cargo, e das políticas sociais e avanços conquistados nos últimos 12 anos, vieram acompanhados de críticas ao ajuste fiscal, promovido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Para os manifestantes é preciso apoiar Dilma, mas apontar criticamente os rumos conservadores que a administração está trilhando com corte de verbas na educação, por exemplo, ao passo que o momento deveria ser de uma guinada à esquerda, taxando as grandes fortunas, tributando o capital financeiro, revisando a dívida pública e jogando a conta para os privilegiados que há mais de 500 anos decidem os rumos do Brasil. Ainda de acordo com participantes do protesto, essa elite, mesmo com seu padrão de vida mantido, agora vai às ruas para pedir a saída do único Governo que voltou suas políticas para a parcela da população brasileira que sempre esteve em segundo plano e que representa a maior parcela da nação.

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Conservadorismo

Além disso, os manifestantes exigiram o fim do avanço da onda conservadora pelo país que busca criminalizar os movimentos sociais e os partidos de esquerda. A aprovação de leis na Câmara Federal que corroboram com esse pensamento também foi alvo de críticas. A Casa é presidida por Eduardo Cunha, denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Cartazes pediam a imediata saída de Cunha, uma vez que suas pautas conservadoras e sua postura autoritária impõem votações por meio de manobras para a aprovação de projetos nocivos à classe trabalhadora e aos mais pobres, além de paralisar o Governo Federal com chantagens e represálias que não são do interesse do Brasil. Cunha pode se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) caso as denúncias de Janot sejam acatadas pela Suprema Corte.

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Sindilimpe

A diretora do Sindilimpe-ES Madalena Garcia da Silva explica que, na sua visão, o Brasil não vive uma crise econômica com a dimensão que está sendo anunciada pela mídia, mas uma crise política. Para ela há grupos econômicos e políticos que querem aproveitar o momento de turbulência para dar um golpe no Governo legitimamente eleito e retroceder nas conquistas sociais dos trabalhadores.

“Eles não aceitam a derrota nas urnas e fazem um movimento de dizer que a sociedade civil está contra o Governo. Somos contra a corrupção e queremos que ela seja expurgada de todos os lugares e não apenas do partido que desagrada a elite brasileira. O Cunha tem que sair. Há denúncia formal contra ele da Procuradoria Geral da República com diversos e fortes indícios de corrupção. Mas aí eles não vão pra rua pedir pro Cunha sair, mas vão pra pedir a saída da Dilma, contra quem não há nenhuma denúncia ou indício de corrupção”, disse.

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O diretor do Sindicato Ademilton de Souza Carvalho concorda com Madalena. Ele explica que o Sindilimpe-ES, por ser uma entidade sindical que representa trabalhadores terceirizados e da limpeza que são discriminados, precisa estar na luta junto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e com outros segmentos para dizer que a categoria está atenta.

“O Sindicato não concorda que tudo seja apenas culpa do PT. Na manifestação da elite não estão na pauta o interesse da população, mas um objetivo cego de retirar a presidenta a qualquer custo, nem que seja preciso sacrificar a democracia. Nosso apoio ao governo é crítico e estar aqui não significa que concordamos com tudo. Queremos diversas mudanças de rumo e retorno às políticas sociais como prioridade. A eleição foi legítima e não tem essa de impeachment. Vamos apontar o que está errado e trabalhar juntos para avançar”, disse.

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