Trabalhadores terceirizados de hospitais encerram protesto após promessa de pagamento de salários atrasados
Funcionários também enfrentam falta de condições de trabalho com escassez de material de limpeza nos hospitais
Cerca de 100 trabalhadores, a maioria mulheres, que atuam pela empresa terceirizada Servinel, que presta serviço de limpeza nas unidades da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), incluindo os hospitais públicos estaduais da Grande Vitória, fizeram uma manifestação para protestar contra salários e benefícios de março em atraso. Liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Urbana, Asseio e Conservação do Espírito Santo (Sindilimpe-ES), o movimento foi encerrado por volta das 16 horas após reunião com representantes da Secretaria e da empresa.
Participaram do encontro o advogado do Sindilimpe-ES, Alexandre Zamprogno, o subsecretário de Estado da Saúde para Assuntos de Administração e Financiamento da Atenção à Saúde, José Hermínio Ribeiro, além da diretora da Sindicato Madalena Garcia da Silva, trabalhadoras e um representante da Servinel.
No encontro ficou acertado que os salários atrasados, assim como os valores do auxílio-alimentação, vale-transporte e férias serão depositados nessa sexta-feira, 17, nas contas dos funcionários. Além disso, vale-trasporte e pagamento de férias dos trabalhadores que tiveram problemas no recebimento serão colocados em dia. A Secretaria de Saúde garantiu, ainda, que em maio o problema não voltará a acontecer, fazendo um compromisso com a categoria.
Protesto
Durante o protesto os trabalhadores saíram da frente da antiga sede da Sesa, na avenida Marechal Mascarenhas de Moraes (Beira-mar), em Bento Ferreira, em frente ao clube Álvares Cabral, e fizeram uma passeata até a nova sede da Secretaria, na Enseada do Suá, ao lado da Praça do Papa.
“O Sindicato liderou esse protesto, pois há trabalhadoras terceirizadas que estão sem alimentação para elas e para os filhos. A empresa e o Governo do Estado precisam resolver essa questão, pois esse problema é recorrente e está se agravando a cada mês, com atrasos cada vez maiores dos salários. A limpeza de hospitais precisa ser prioridade e é preciso reconhecer a importância das pessoas que fazem esse serviço. Os direitos mais básicos dessas trabalhadoras são desrespeitados todos os meses”, disse Madalena Garcia da Silva.
Hospitais sujos
A categoria enfrenta, também, condições de trabalho inadequadas, uma vez que falta Equipamento de Proteção Individual (EPI), e material de limpeza simples, como sabão e cloro, para a higienização dos hospitais, incluindo as UTIs e CTIs, centros cirúrgicos, e prontos-socorros, o que coloca em risco a vida dos pacientes atendidos. A situação já foi flagrada no hospital Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, por diretoras do Sindilimpe-ES.
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